terça-feira, 19 de maio de 2015

Não basta ter a cabeça no lugar.

Eu estava preparando um conto para publicar esta semana (já fazem meses que estou querendo voltar com os contos) mas me deparei com um frase que muito me instigou. O cara que a escreveu é autor do famoso livro "Eu me chamo Antônio". Seu nome, Pedro Gabriel. Ele publicou em seu Instagram a seguinte frase: "Não basta ter a cabeça no lugar. O coração também não pode se deslocar." 
Ok, foram duas frases. 
Pare e pense, quantas pessoas chegaram em você e reclamaram que estão muito cansadas ou muito estressadas ou doentes? Estamos em maio de 2015. Nem 50% do ano se passou ainda.
Tenho muitas amigas psicólogas e estudantes de psicologia e lendo muito também percebi a veracidade do diagnóstico mundial : o stress é o mal do mundo. Cerca de 70% das doenças cardiovasculares são desencadeadas pelo stress.
E aí eu penso.. Onde vou parar? [...]
Eu tenho uma agenda extremamente rosa onde eu anoto tudo que tenho que fazer. Se deixar de anotar alguma coisa, aquilo simplesmente não existe pra mim. Também tenho um aplicativo onde gerencio os compromissos relacionados somente à faculdade.  Logo, minha cabeça está sempre no lugar mediante minha rotina.
Muitos compromissos,muita responsabilidade e muita coisa pra fazer me deixam atordoada. E isso, as vezes, afeta meu humor. Quem me conhece sabe o tanto que isso é difícil, mas acontece. Provamos aqui que, apesar da minha cabeça estar no lugar, meu coração muito se deslocava.
Muito tempo se passou sem que eu percebesse isso. Até que uma viagem me despertou.
(Obs: Falo muito dessa viagem porque foi muito especial.)
Conheci um lugar ligeiramente diferente daqui. Pessoas, língua, comida e costumes ligeiramente diferentes.
A brisa fria da cidade me abraçava e convidava para conhecer e aproveitar cada pedacinho de tudo.Sim, aproveitei. A música ritmava meu coração como se fosse um blues romantizado. A dança, os sorrisos, os carros e a natureza daquele lugar me renovaram.  E me senti livre. Como se o mundo me abraçasse e me desse uma nova oportunidade de ser feliz. Exagero? Pode até ser. Mas lá eu percebi quantos momentos eu já havia desperdiçado. Ou o quanto meu coração havia se deslocado. Pude ver que poderia ter vivido tudo aquilo aqui mesmo, onde estou. Com as pessoas que me cercam.
Então, procurei começar os dias de forma diferente e então, adotei algumas medidas alegres para isso e compartilharei com você, querido (a) leitor (a):

  1. Cultive o hábito da leitura.
Eu amo ler, mas demoro séculos para terminar um livro. Motivo? Acho milhões de coisas pra fazer no lugar da leitura. Ler aumenta o seu vocabulário, distrai a mente e alivia os olhos.

     2.  Caminhe ouvindo música.
Eu amo caminhar e descobri que ouvir músicas enquanto se faz isso é melhor ainda. Escolha músicas que mexem com você no sentido de trazer paz, alegria.

    3.  Conheça novas pessoas.
Conheça aquela velhinha que mora na esquina da sua casa. Certamente ela tem muitas histórias pra contar. Conheça, de verdade, as pessoas. Vai por mim, você vai se impressionar.

    4. Viaje.
Nem que seja para a cidade do lado da sua. Mude um pouco de ambiente. Sentir o costume de outras pessoas, o que elas comem, como se vestem, como se comportam...É fascinante.

    5. Dance.
Sim, eu também não sei dançar. E daí? Dance sozinho no quarto, com um amigo, com sua mãe, com aquela velhinha da esquina. Dance. Dançar libera endorfina, o que nos faz sentir bem. Sem falar que é muito divertido!

   6.  Escreva.
Escreva para você mesmo. Para um amigo. Para Deus. Escrever é uma arte pouco explorada em nós. E, escrevendo, podemos nos conhecer melhor e exprimir ao máximo o que sentimos.

Não basta ter a cabeça no lugar, é preciso respirar. O coração também não pode se deslocar.
Perceba o movimento do vento e dance conforme a brisa.
Acredite, ainda há beleza no mundo.