sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Tão perto e tão longe.

    "Tudo deve ser tornado o mais simples possível; porém não mais simples que isso". - Albert Einsten
Em outros textos deste mesmo blog pude expressar minha opinião sobre o valor das pessoas e o que elas tem de melhor para oferecer. Certa de que este não será um texto pessimista ou de auto-ajuda, começarei.
Recebo notícias a todo momento de pessoas conhecidas (ou não), próximas (ou não), relatando sobre mortes, doenças, nascimentos e conquistas.
Veja bem, isto não é, de forma alguma, uma reclamação. Só parei para analisar mesmo.
São fatos opostos que se complementam. O que seria do ser sem o seu nascimento ou sem a sua morte? Que sentido teria a vida se não tivéssemos lutas para que houvessem vitórias?
Para que fim, afinal de contas, existem todos os fatos? Visto que, são coisas corriqueiras.
Nascemos e a cada segundo estamos mais próximos do dia em que será o nosso fim. Certamente você já ouviu isso em algum lugar. E, graças a Deus, só Ele sabe que dia é esse.
Mas mesmo sabendo que Deus conhece todos os meus dias, eu ainda estou caminhando para o fim deles. Não existe uma regressão. Ao mesmo tempo que estou perto do meu início, a cada letra digitada aqui, caminho para o meu fim.
Etapas concluídas, metas alcançadas, sonhos realizados e toda a gama de coisas relacionadas à esses termos são espécies de vitórias. Que me dão um certo pânico por sinal. Um pânico bom, porque é satisfatório perceber que conseguimos o que almejamos mas, e depois? Para que iremos lutar e correr? E agora? O que fazer?
Não tenho respostas, me desculpe.
Seguindo para o meu Last Day , começo a fazer indagações do tipo; E aí? Vai ser só isso? O que eu fiz de bom para o mundo até hoje?
Bom, sou estudante e a coisa que mais tenho gostado de fazer é dormir então, minha contribuição para o mundo não anda muito eficaz.
E como a ideia era não ser pessimista e nem uma indutora de auto-ajuda, percebi algumas coisas:

  1. É loucura viver como se hoje fosse o último dia.
Somos irresponsáveis, impetuosos, egocêntricos, ignorantes e insensíveis demais para aproveitar bem um último nascer do sol . Isso é um fato.

    2. Valorizar quem temos por perto ainda é a melhor saída.

O amanhã a Deus pertence, portanto não sabemos. Valorizar quem temos por perto é a melhor saída porque as chances de estarmos errando como pessoas diminuem consideravelmente.

   3. Modo de vida simples ( Reflexão baseada no capítulo 5 do livro " O Discípulo Radical" de John Stott.)

Exageros e regalias diminuem as chances de um bom caminhar. Viver de maneira simples onde tudo que é consumido é o que realmente se precisa. E não trato este valor dizendo apenas de coisas que podem ser tocadas ou experimentadas mas sim de conteúdos que não acrescentam ou que dispersam o pensamento de algo que faça sentido. Exagero de palavras, falta de ações, excesso de soberba intelectual também levam a morte precoce. Vivemos como reis e rainhas e caminhamos para um falecimento indigente. 

Por fim, sei que é estranho pensar nessas coisas. Mas é necessário. 
Estamos correndo contra o vento torcendo para que ele se torne uma brisa. 
Vou jogar essa intrigante questão no ar para que ela se torne uma motivação de dias melhores e prazerosos. Não que os dias ruins se acabarão, mas vão começar a ter algum sentido ou se tornarão mais leves.

"Não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo.." Filipenses 3:13 e 14a