Estou passando
por aquelas fases da vida em que tudo começa a fazer algum sentido. E aqui, de
frente ao meu computador, não sei ao certo se vou conseguir escrever tudo o que
tenho na minha mente. Mas vamos lá.
Hoje assisti
aquele filme “A culpa é das estrelas”. Eu, minhas amigas e mais umas 50 meninas
de 9 a 12 anos. Não serei uma spoiler,
portanto assista. É um bom filme.
Enfim, tenho passado grande parte das
minhas noites e caminhadas pensando em que minha vida vai dar. Em todos os
aspectos. Não estou sendo pessimista, nem depressiva. Totalmente ao contrário.
Percebi que quero (e preciso!) que meus dias se tornem mais coesos com as
coisas que acredito.
Para me
organizar, escolhi quatro palavras para definir essas “coisas”. Espero que, com
elas, eu consiga dizer algo que realmente faça sentido. As palavras são:
FAMÍLIA, AMIGO, FÉ, AMOR.
Não vou
começar nessa ordem. Falarei primeiro sobre a palavra amigo.
Já ouvi diversos
relatos sobre amizades e tal. Sobre a importância do amigo e outras balelas que
cercam nossa sociedade carente de conceitos. Posso dizer que tais definições
não cabem ao que de fato uma pessoa, em que consideras amigo, significa pra
você. Para mim, amigo – tanto os de longe quanto os de perto – significam um
pedaço de mim em outro lugar. Minha risada, meus gostos, minha forma de vestir,
meu choro. Sou eu em outro alguém. Alguém esse que é peça importante no
quebra-cabeça da minha vida. E se é parte de mim também sou eu fazendo parte
dele (a).
Família. Definitivamente, não
defina família=sangue. Crie uma função mais elaborada, por favor. Família = Somatória de você,quem te criou,quem mora/morou com você ,quem brincou com você quando era
criança,quem chamou a sua atenção por jogar bola dentro de casa menos toda e
qualquer picuinha que estas pessoas tenham criado (porque isso prova que estas
pessoas são sua família, mas ninguém merece isso né?!). E no fim dessa equação
fica a saudade de quem já foi e o carinho de quem ficou. Sei que já ouviu isso, mas família é a única
certeza que temos. Você sempre tem alguma certeza sobre ela. Ou que nunca teve,
ou que não tem uma boa, ou que tem uma ótima ou que, algum dia, queira ter uma.
Ela é o alicerce que nos liga ao mundo e nos direciona de alguma forma.
Aproveite a que você tem. Ligue, mande uma sms, visite, fique. Não se permita
envelhecer longe dessas pessoas. A minha família moldou o meu caráter e me fez
querer construir uma. Mas uma vez, aproveite.
Amor. Ahhh o amor. Pode não
parecer, mas sou romântica. E ser romântica não quer dizer que sou do time do
“mimimi”. Não mesmo. Gosto de flores,
livros, chocolates. Como qualquer outra mulher. As flores, bom, prefiro aquelas
que vêm em vasinhos, pois posso cuidar delas depois. Livros – aqueles que
contam uma história. Chocolates, todos os puros, menos os brancos. Amor, pra
mim, é cumplicidade. Reciprocidade. Poder olhar pro outro e rir (muito!) da
cara dele sem ter medo de magoar. Amamos não para nos satisfazer, mas para
poder sentir que somos importantes e essenciais para alguém.
Fé. Não existe em lugar nenhum,
melhor definição de fé que esta: “A fé é o firme fundamento das coisas que se
esperam, e a prova das coisas que não se veem.” (Hebreus 11:1). É que nem dar
um passo no nevoeiro, em uma mata fechada e com as mãos para traz, confiando
apenas em quem te conduz. (Valeu amigo, por me dar essa definição show!).
Se você ainda
está lendo isso, obrigada. Farei minhas conclusões.
Depois de definir
tudo isso, cheguei a conclusão de que somos desafiados todos os dias a cumprir
nossas tarefas, chegar no horário, tirar boas notas, cumprir metas e assim,
vamos abandonando as coisas mais simples da vida. Quero dizer que por mais que
seja necessária, a rotina nos afasta de tudo o que realmente precisamos para
viver. Por favor, não chute o balde achando que é sobre isso que estou falando
aqui. Mas, se for possível, reveja seus conceitos. O que é importante pra você?
O que é família, amigos, fé, amor e tantas outras coisas que podemos
definir? Rever conceitos não é se tornar
escravo do que disse. É permitido e é bom se contradizer (às vezes). Mas, tudo
isso, é saber que tudo o que buscamos ou tentamos tem um reflexo direto sobre
nós, que nos torna mais felizes ou não. A escolha é nossa.
Não culpe as
estrelas. Elas brilham todos os dias pra te lembrar de que ainda há tempo de
viver.