quinta-feira, 5 de junho de 2014

Não. A culpa não é das estrelas.


        Estou passando por aquelas fases da vida em que tudo começa a fazer algum sentido. E aqui, de frente ao meu computador, não sei ao certo se vou conseguir escrever tudo o que tenho na minha mente. Mas vamos lá.
         Hoje assisti aquele filme “A culpa é das estrelas”. Eu, minhas amigas e mais umas 50 meninas de 9 a 12 anos.  Não serei uma spoiler, portanto assista. É um bom filme.
          Enfim, tenho passado grande parte das minhas noites e caminhadas pensando em que minha vida vai dar. Em todos os aspectos. Não estou sendo pessimista, nem depressiva. Totalmente ao contrário. Percebi que quero (e preciso!) que meus dias se tornem mais coesos com as coisas que acredito.
         Para me organizar, escolhi quatro palavras para definir essas “coisas”. Espero que, com elas, eu consiga dizer algo que realmente faça sentido. As palavras são: FAMÍLIA, AMIGO, FÉ, AMOR.
         Não vou começar nessa ordem. Falarei primeiro sobre a palavra amigo.
         Já ouvi diversos relatos sobre amizades e tal. Sobre a importância do amigo e outras balelas que cercam nossa sociedade carente de conceitos. Posso dizer que tais definições não cabem ao que de fato uma pessoa, em que consideras amigo, significa pra você. Para mim, amigo – tanto os de longe quanto os de perto – significam um pedaço de mim em outro lugar. Minha risada, meus gostos, minha forma de vestir, meu choro. Sou eu em outro alguém. Alguém esse que é peça importante no quebra-cabeça da minha vida. E se é parte de mim também sou eu fazendo parte dele (a).
         Família. Definitivamente, não defina família=sangue. Crie uma função mais elaborada, por favor. Família = Somatória de você,quem te criou,quem mora/morou com você ,quem brincou com você quando era criança,quem chamou a sua atenção por jogar bola dentro de casa menos toda e qualquer picuinha que estas pessoas tenham criado (porque isso prova que estas pessoas são sua família, mas ninguém merece isso né?!). E no fim dessa equação fica a saudade de quem já foi e o carinho de quem ficou.  Sei que já ouviu isso, mas família é a única certeza que temos. Você sempre tem alguma certeza sobre ela. Ou que nunca teve, ou que não tem uma boa, ou que tem uma ótima ou que, algum dia, queira ter uma. Ela é o alicerce que nos liga ao mundo e nos direciona de alguma forma. Aproveite a que você tem. Ligue, mande uma sms, visite, fique. Não se permita envelhecer longe dessas pessoas. A minha família moldou o meu caráter e me fez querer construir uma. Mas uma vez, aproveite.
         Amor. Ahhh o amor. Pode não parecer, mas sou romântica. E ser romântica não quer dizer que sou do time do “mimimi”. Não mesmo.  Gosto de flores, livros, chocolates. Como qualquer outra mulher. As flores, bom, prefiro aquelas que vêm em vasinhos, pois posso cuidar delas depois. Livros – aqueles que contam uma história. Chocolates, todos os puros, menos os brancos. Amor, pra mim, é cumplicidade. Reciprocidade. Poder olhar pro outro e rir (muito!) da cara dele sem ter medo de magoar. Amamos não para nos satisfazer, mas para poder sentir que somos importantes e essenciais para alguém.
         Fé. Não existe em lugar nenhum, melhor definição de fé que esta: “A fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se veem.” (Hebreus 11:1). É que nem dar um passo no nevoeiro, em uma mata fechada e com as mãos para traz, confiando apenas em quem te conduz. (Valeu amigo, por me dar essa definição show!).
         Se você ainda está lendo isso, obrigada. Farei minhas conclusões.
         Depois de definir tudo isso, cheguei a conclusão de que somos desafiados todos os dias a cumprir nossas tarefas, chegar no horário, tirar boas notas, cumprir metas e assim, vamos abandonando as coisas mais simples da vida. Quero dizer que por mais que seja necessária, a rotina nos afasta de tudo o que realmente precisamos para viver. Por favor, não chute o balde achando que é sobre isso que estou falando aqui. Mas, se for possível, reveja seus conceitos. O que é importante pra você? O que é família, amigos, fé, amor e tantas outras coisas que podemos definir?  Rever conceitos não é se tornar escravo do que disse. É permitido e é bom se contradizer (às vezes). Mas, tudo isso, é saber que tudo o que buscamos ou tentamos tem um reflexo direto sobre nós, que nos torna mais felizes ou não. A escolha é nossa.
         Não culpe as estrelas. Elas brilham todos os dias pra te lembrar de que ainda há tempo de viver.